
A cor roxa que vem sendo usada em nossa campanha, como reconhecimento da luta das mulheres na sociedade é um símbolo, um emblema daquilo que acreditamos. Entendemos que não basta apontar que somos uma categoria de maioria feminina e passar a defender cotas, mais que isso, é preciso reconhecer e inserir as mulheres como grupo de fato, que tenha voz e opinião nos debates da categoria de professores.
Esse reconhecimento implica em assumirmos a nossa heterogeneidade: mães, lésbicas, negras, estudantes, militantes e que é importante resguardar as peculiaridades constitutivas do grupo, onde relações entre homens e mulheres e entre mulheres e a sociedade sejam constituídas no marco de uma sociedade livre e de relações verdadeiramente humanas.
A chapa 3 tem o roxo não apenas como uma cor, mas principalmente como uma bandeira de luta que expressa muito bem o que desejamos e esperamos: Um sindicato que considere as mulheres como sujeitos ativos no processo de transformação social, que crie espaços para que tal maioria se sinta representada, denunciar os abusos, as discriminações e o assédio que muitas dessas mulheres vivenciam em seus locais de trabalho.
Propostas da chapa 3 para as mulheres educadoras
Participação efetiva das mulheres nos processos decisórios como parte integrante e ativa tanto do sindicato quanto da vida social de modo geral. É um grande absurdo que em uma categoria majoritariamente feminina como a nossa, as mulheres da base da categoria dificilmente conseguem se inscrever e terem voz nas assembléias;
Luta pela implementação de creches nos locais de trabalho com pelo menos 30 mulheres para garantir maior tranqüilidade às mães professoras no desempenho da profissão;
Criação de mecanismos de subsidio e proteção às mulheres vítimas de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho;
Criação de mecanismos de proteção às mulheres vítimas de discriminação em função de sua orientação sexual e/ou cor da pele;
Assistência jurídica às mulheres educadoras vítimas de violência, exigência da aplicação da “Lei Maria da Penha”;
Políticas que reconheçam o “ser mulher” em todas suas peculiaridades: tensão pré-menstrual, gravidez, amamentação, menopausa, etc. Devemos reconhecer tais peculiaridades de gênero e integrá-las a nossa pauta de reivindicações;
Política de incentivo ao aleitamento materno, garantindo às professoras lactentes a redução de sua carga horária por dois anos, sem prejuízo salarial, de acordo com o que preconiza a OMS e o Ministério da saúde;
· Encontros periódicos de mulheres educadoras que discutam e deliberem sobre políticas relacionadas às questões de gênero.
· Combate à invisibilidade das mulheres pensadoras e introduzi-las nos debates currículares que acabam subjugando ou até ignorando a contribuição dessas mulheres.
· Trabalho junto à comunidade escolar (pais, servidores, professores e alunos) de conscientização sobre a condição feminina em nossa sociedade, com o objetivo de extinguir qualquer prática machista seja no âmbito pedagógico, seja no âmbito administrativo.
Um novo tipo humano deverá surgir e se constituir nesse processo de luta em um germe de uma sociedade sem exploradores e explorados, que permita acabar com a opressão entre os desiguais e construir uma sociedade verdadeiramente humana.
CHAPA 3 - A CHAPA DA DIVERSIDADE!
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