segunda-feira, 31 de maio de 2010

O RACISMO, por Renato santos, prof. História.

O racismo é uma construção ideológica que afirma ser uma raça superior a outra. São vários os racismos. As primeiras manifestações racistas aconteceram no século XVI; dos colonizadores europeus contra as populações nativas das Américas e contra os negros africanos. Mas, foi no século XIX, a partir da expansão do capitalismo industrial, que o racismo se transformou numa política justificada ideològicamente e praticada pelos Estados Europeus. No Brasil, o racismo é praticado contra os afrodescendentes.

RACISMO E CAPITALISMO

Na primeira metade do século XIX, na Europa, estava estabelecida a livre concorrência entre as empresas dos países industrializados em busca de mercados. As crises cíclicas de superprodução, inerentes ao capitalismo, aliada ao avanço tecnológico gerava desemprego e a redução dos salários dos operários. A redução da massa de mais-valia obrigava os capitalistas e aumentar a taxa de mais-valia, através da redução dos salários, a fim de manter os lucros. As falências eram inevitáveis. A reação política dos operários desencadeou vários movimentos de protestos, a criação de poderosos sindicatos e Partidos políticos de cunho socialista. A saturação do mercado europeu agia como um garrote. A saída foi a expansão do capitalismo para as regiões onde ele ainda não existia. Essa expansão imperialista teve a sua estréia na forma de busca de mercados consumidores e na busca de fornecedores de matéria-prima a preço irrisório. O objetivo era reaver os lucros que estavam em queda livre. Era, também, a valorização do capital. E para isso era necessário o domínio e a submissão dos povos da África, Ásia e Américas.

ÁFRICA, RICO CONTINENTE

No século XIX a África era um continente de muitos contrastes. Fora o berço de uma das mais antigas civilizações- a egípcia-, mas ainda possuía grande parte de sua população organizada em tribos, cujo nível social e econômico remontava as sociedades comunistas primitivas. Sua imensa riqueza natural transformada em fonte de matéria-prima para as indústrias européias atraiu a ambição dos capitalistas europeus. Mas, como transformar essas populações cuja organização social era tribal e praticante de uma agricultura de subsistência e auto-sustentável em assalariados a serviço dos capitalistas europeus e em consumidores dos produtos de suas indústrias? Só havia um jeito: tomar-lhes as terras. E isso foi feito através do incentivo às guerras tribais com a conivência e o apoio de um setor dessa população que constituía a classe social dominante. Foi, portanto, um processo violento em que os governos da Inglaterra e da França utilizaram a força militar para subjugar e explorar as populações do continente africano. A imposição da cultura européia se deu em simultaneidade com a destruição da cultura local. Uma guerra de conquista foi perpretada, um masacre foi consumado. E esse verdadeiro genocídio precisava ser justificado perante as Instituições guardiãs da democracia burguesa.

A JUSTIFICATIVA IDEOLÓGICA

Mas o século XIX foi também o século da afirmação e consolidação da sociedade capitalista cujo lema continuava sendo a igualdade, a fraternidade e a solidariedade exortado na revolução francesa e que estava sendo exportado da França para o restante da Europa. A França napoleônica detinha o modelo de civilização a ser seguido. Rica, formalmente igualitária, fraternal e solidária. Haveria, então, que surgir uma justificativa plausível para oprimir e explorar os povos africanos: a superioridade racial dos brancos sobre os negros. Assim, o racismo assumiu as vestes de missão redentora da civilização branca sobre a barbárie negra. A guerra de conquista assumiu a roupagem de missão civilizatória. A ciência, sem o véu da imparcialidade, mostrou sua verdadeira face: surgiu o eugenismo, que comprovava a superioridade biológica da raça branca sobre a raça negra.

Portanto, o racismo é uma política cuja justificativa ideológica esconde sua verdadeira intenção: valorizar o capital.

RACISMO E IMPERIALISMO

Nosso tempo histórico é o da fase imperialista do capitalismo. A decadência desse modo de produção é evidenciada na impossibilidade de valorizar o capital sem que milhões de seres humanos sejam condenados à masmorra da exclusão social, da miséria e da fome; da impossibilidade de valorizar o capital sem que o planeta seja colocado em risco de se tornar inviável à vida. E na medida em que a concentração capitalista avança, fica cada vez mais difícil para o capital exercer a sua verdadeira vocação: valorizar-se. A decadência desse sistema econômico engendra a decadência da sociedade capitalista. Os racismos vão aumentar em todo o planeta. Povos ou minorias étnicas, raciais, nacionais serão discriminadas para justificar a superexploração através do aumento da taxa de mais-valia visando compensar a diminuição da massa de mais-valia das empresas transnacionais e preservar os seus lucros. Palestinos, bósnios, curdos, negros etc. Eis o contingente populacional cuja condição social e econômica remete ao subjugo. Não há capitalismo sem racismo e não haverá permanência do capitalismo sem o aumento dos racismos. O fim dos racismos pressupõe o fim do capitalismo.

O CAPITALISMO BRASILEIRO E O RACISMO CONTRA OS AFRODESCENDENTES

Se o capitalismo tem uma só matriz e é planetário, o desenvolvimento desse modo de produção tem sido diferente em diferentes países.

Tendo como referência os países centrais da ordem capitalista, o capitalismo chegou ao Brasil com atraso de mais de cem anos. Aqui, o capitalismo não evoluiu a partir da evolução da sociedade disposta para desenvolvê-lo. Aqui, o capitalismo chegou de cima para baixo, como decorrência e para atender as necessidades da expansão imperialista. Aqui o capitalismo surgiu dependente dos capitais externos, do Estado e com mercado interno pífio. Subalterno e periférico na ordem capitalista, o capitalismo brasileiro sofre, desde o seu início, de tetraplegia mórbida. Tem necessidades especiais.

A maior parte da riqueza nacional (mais-valia) é enviada para os países centrais através do pagamento de juros das Dívidas externa e interna; da remessa de lucros das empresas transnacionais etc. A burguesia que opera no território brasileiro fica em desvantagem em relação à burguesia internacional. Para compensar a perda dessa massa de mais-valia é obrigada a aumentar a taxa de mais-valia, reduzindo os salários, para manter os lucros. Pelas razões da natureza capitalista essa exigência será cada vez maior. Então teremos cada vez mais reduções salariais, desemprego. Assim, a discriminação racial imposta aos afrodescendentes e expressa na forma discriminação salarial tem tendência a aumentar. Homens negros e mulheres negras recebem menos que homens brancos e mulheres brancas pelo mesmo trabalho. As políticas públicas compensatórias adotadas pelo governo só atingem a minoria dos afrodescendentes. São políticas paliativas para diminuir a tensão social e cooptar as lideranças. As políticas compensatórias e de reparação, como por exemplo a adoção das cotas, são importantes porquanto demarcam a resistência política. No entanto, são políticas reformistas e limitadas ao âmbito do capitalismo. São, portanto, temporárias e sujeitas a regressão. A superação da disciminação racial sobre a população afrodescendente brasileira só virá com o fim do capitalismo no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Marx,Karl, O capital, 3º volume Edição Zahar 1988 ;

Ricardo, David, Princípios de Economia Política e Tributação Edição Abril Cultural,1979;

Engels, Friedrich, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, Edições Avante, Lisboa, 1975;

Luxemburg, Rosa, A acumulação do capital, Edição Nova Cultural, 1975;

Maestri, Mário, A servidão negra, Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1988.

sábado, 29 de maio de 2010

DO LILÁS A PRAXIS




A cor roxa que vem sendo usada em nossa campanha, como reconhecimento da luta das mulheres na sociedade é um símbolo, um emblema daquilo que acreditamos. Entendemos que não basta apontar que somos uma categoria de maioria feminina e passar a defender cotas, mais que isso, é preciso reconhecer e inserir as mulheres como grupo de fato, que tenha voz e opinião nos debates da categoria de professores.

Esse reconhecimento implica em assumirmos a nossa heterogeneidade: mães, lésbicas, negras, estudantes, militantes e que é importante resguardar as peculiaridades constitutivas do grupo, onde relações entre homens e mulheres e entre mulheres e a sociedade sejam constituídas no marco de uma sociedade livre e de relações verdadeiramente humanas.

A chapa 3 tem o roxo não apenas como uma cor, mas principalmente como uma bandeira de luta que expressa muito bem o que desejamos e esperamos: Um sindicato que considere as mulheres como sujeitos ativos no processo de transformação social, que crie espaços para que tal maioria se sinta representada, denunciar os abusos, as discriminações e o assédio que muitas dessas mulheres vivenciam em seus locais de trabalho.

Propostas da chapa 3 para as mulheres educadoras
Participação efetiva das mulheres nos processos decisórios como parte integrante e ativa tanto do sindicato quanto da vida social de modo geral. É um grande absurdo que em uma categoria majoritariamente feminina como a nossa, as mulheres da base da categoria dificilmente conseguem se inscrever e terem voz nas assembléias;
Luta pela implementação de creches nos locais de trabalho com pelo menos 30 mulheres para garantir maior tranqüilidade às mães professoras no desempenho da profissão;
Criação de mecanismos de subsidio e proteção às mulheres vítimas de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho;
Criação de mecanismos de proteção às mulheres vítimas de discriminação em função de sua orientação sexual e/ou cor da pele;
Assistência jurídica às mulheres educadoras vítimas de violência, exigência da aplicação da “Lei Maria da Penha”;
Políticas que reconheçam o “ser mulher” em todas suas peculiaridades: tensão pré-menstrual, gravidez, amamentação, menopausa, etc. Devemos reconhecer tais peculiaridades de gênero e integrá-las a nossa pauta de reivindicações;
Política de incentivo ao aleitamento materno, garantindo às professoras lactentes a redução de sua carga horária por dois anos, sem prejuízo salarial, de acordo com o que preconiza a OMS e o Ministério da saúde;
· Encontros periódicos de mulheres educadoras que discutam e deliberem sobre políticas relacionadas às questões de gênero.

· Combate à invisibilidade das mulheres pensadoras e introduzi-las nos debates currículares que acabam subjugando ou até ignorando a contribuição dessas mulheres.

· Trabalho junto à comunidade escolar (pais, servidores, professores e alunos) de conscientização sobre a condição feminina em nossa sociedade, com o objetivo de extinguir qualquer prática machista seja no âmbito pedagógico, seja no âmbito administrativo.

Um novo tipo humano deverá surgir e se constituir nesse processo de luta em um germe de uma sociedade sem exploradores e explorados, que permita acabar com a opressão entre os desiguais e construir uma sociedade verdadeiramente humana.
CHAPA 3 - A CHAPA DA DIVERSIDADE!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Orientação Educacional: fortalecer a unificação da luta dos trabalhadores em educação pela aposentadoria especial

Não nos resta dúvida de que a unificação dos orientadores educacionais com o sindicato dos professores foi um avanço consolidado. Durante o período da ditadura percebemos que a profissão de Orientação Educacional sofreu ataques, desqualificações e redução de espaço de atuação. Diante dessa situação muitos se perguntam: o que fazer?

O caminho é fortalecer a ação da Orientação Educacional no Sinpro. Precisamos criar na estrutura do Sindicato uma secretaria para tratar das questões trabalhistas e sindicais da Orientação Educacional, como por exemplo: a luta peo direito da apoentadoria especial.

Comissão Eleitoral censura Chapas 3 e 2

Na época das eleições do SINPRO/DF é tradicional que a Comissão Eleitoral autorize a publicação de uma edição especial do jornal Quadro Negro e postagem para todos associados, com informações sobre o processo eleitoral e a publicação das propostas e matérias das chapas concorrentes, produzido sob responsabiliade de cada uma. Neste ano, infelizmente a Comissão eleitoral, numa atitude autoritária e antidemocrática, resolveu censurar os materiais das chapas 3 e 2, que seriam publicados nesse jornal. A maioria dos membros da comissão aprovou apenas a publicação das fotos dos candidatos, numa ação que ao nosso entender, beneficia unicamente a chapa 1, pois impede que a categoria saiba das críticas e propostas das chapas que se opõe à atual diretoria.

A chapa 3 repudia essa atitude e conclama a todos professores se manifestarem, através de telefones, emails, cartas dirigidos ao SINPRO e mensagens em fóruns, blogs e comunidades da web, contra esse atentado à democracia do movimento sindical dos professores.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Bazar da Chapa 3

Para ajudar na campanha da Chapa 3, realizaremos um Bazar Beneficiente para arrecadação de fundos. Confira o local e data:

Data: 19/06 (SÁBADO)
Local: Quadra 13 - Casa 01 - Vila Vicentina (em frente ao Mercado Pereira) - Planaltina/DF
Horário: 15h

PARTICIPE! PRECISAMOS DA SUA COLABORAÇÃO!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Em favor da diversidade: combatendo as opressões!

Trajetória do grupo "Deseducadores" criado no Centro de Ensino Médio Asa Norte - Brasília/DF, em 2010.
Vídeo feito por Tiago Freitas (ETNO). Parabéns alun@s do CEAN!

sábado, 22 de maio de 2010

Cadê a isonomia e a Campanha Salarial de 2010?

A diretoria do SINPRO/DF apresentou o aumento de 10,04%, referente à campanha salarial de 2007, como uma grande conquista.

Será?

Hoje um professor que possui doutorado e que está no teto da carreira, recebe um salário menor que o piso salarial de um médico.

Percebe-se o prejuízo em relação à isonomia e a Campanha Salarial de 2010, que está atrasada e sem qualquer perspectiva de conquistas, uma vez que não há ênfase na formação política e organização dos professores para se envolverem nessa batalha. Infelizmente, o foco da luta sindical passou a ser a eleição da próxima diretoria, ou seja, garantir que o mesmo grupo político da atual direção permaneça comandando o nosso sindicato.

É importante destacar que no mês de abril de 209 ja estávamos em greve, lutando por nossas reivindicações, entretanto, no ano de 2010, próximos à metade do ano, somente a pauta de reivindicações foi apresentada. Verifica-se que a diretoria do sindicato não quer organizar a Campanha de 2010, pois seu discurso defende que já houve um bom reajuste (ressalte-se que este reajuste era o resquício do acordo feito entre SINPRO/GDF em 2007).

Sabe-se que a lei eleitoral impede reajustes salariais após o mês de junho deste ano, e já que perdemos a oportunidade de arrancar um aumento mais significativo e condizente com nossas necessidades, podemos lutar pela construção de uma lei que permita o aumento dos valores do ticket alimentação (cujo valor atual corresponde a quatro reais por dia), além de exigir a implementação imediata do auxílio-saúde, um plano habitacional, em condições realmente diferenciadas para os professores, a apresentação de uma escala de liberação da licença-prêmio e a resolução de pendências financeiras e pedagógicas. Os impedimentos legais nunca paralisaram nossas conquistas e a luta dos professores não está centrada única e exclusivamente em torno de índices de reajustes, há inúmeras reivindicações que precisam ser conquistadas, esse é o papel do sindicato.

Sabemos que só por meio da real mobilização de professores e professoras, conseguiremos avançar em nossas conquistas!

Trasparência total nas contas do SINPRO/DF e Controle da base sobre o orçamento!

Somos mais de 30 mil filiados e a arrecadação mensal do sindicato está em torno de quase 1 milhão e meio de reais. É claro que os filados querem saber qual é o patrimônio do sindicato, o valor de seuas receitas, quanto gasta com folha de pagamento dos funcionários, despesas com veículos, viagens, repasses e entidades como CUT, CNTE, dentre outras despesas. Nos comprometemos a divulgar balancetes mensais da movimentação cantábil e financeira do SINPRO/DF e divulgá-las para a categoria. Queremos democracia e transparência na gestão do orçamento do sindicato que permita à categoria opinar sobre onde os recursos devam ser aplicados. Somos contra o controle exclusivo do orçamento, por parte da diretoria do SINPRO/DF.

Fim do carreirismo dos privilégios dos diretores do SINPRO/DF

A maioria da diretoria do Sindicato dos Professores no DF trabalha numa jornada de 20 horas na Secretaria de Educação do DF e do sindicato recebem mais um salário, equivalente a 40 horas. Os diretores aposentados recebem a aposentadoria da Previdência, mais um salário pago pelo sindicato equivalente ao último nível em que se aponsentou. Ser aposentado e diretor do SINPRO/DF significa dobrar o salário. São contratados em regime celetista (CLT) e acumulam o FGTS, que sacam com um acréscimo de 40% (demissão sem justa causa). Recebem o auxílio alimentação da SEE/DF e outro do sindicato, de aproximadamente R$ 307,00 (cartão VR).

Isso explica porque a diretoria sempre aceita as primeiras propostas apresentadas pelo governo. Não sofrem o arrocho salarial que sofremos, têm um salário bem mehor.

NÃO RECEBEREMOS ESSES PRIVILÉGIOS. PROPOMOS REVOGÁ-LOS EM ASSEMBLÉIA-GERAL!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não a partidarização do sindicato, autonomia diante de partidos e governos!

Retirado do site: www.revoluta.com

Queremos que o nosso sindicato defenda e lute pelas nossas reivindicações, independentemente do governo e não atrelado a interesses governamentais e partidários. Se qualquer governo, distrital ou federal, ameaçar retirar nossas conquistas, lutaremos contra ele. Se para conseguir nossas reivindicações, tivermos que enfrentar a intransigência em não negociar, usaremos a luta para conseguir o que reivindicamos.

Nosso sindicato não pertence nem terá relação de subordinação a nenhum partido político, apesar de acolher e valorizar os militantes que participam dos partidos realmente comprometidos com a luta da classe trabalhadora, bem como aqueles que não têm filiação partidária. O sindicato deve unir os professores na luta independentemente de filiação e interesses de partidos políticos.

Os professores têm disposição para luta!!!

A greve que foi aprovada em Assembléia em outubro de 2007, em plena negociação do Plano de Carreira, e não foi aceita pela direção do SINPRO, que manobrou o resultado, só veio dois anos mais tarde, em 2009. Os professores do DF têm disposição para lutar. O que falta é mobilização e organização da categoria para os embates necessários, nos momentos certos. Assim mesmo, a categoria lutou com muita garra até o final para garantir o que estava em lei e que no final foi trocado por um acordo.

Vídeo: Cenas da Greve - Professores do DF 2009

Em favor da diversidade: combatendo as opressões!

Nossa chapa pretende representar de fato a heterogeneidade de nossa categoria. Somos mulheres, homens, brancos, negros, heterossexuais, homossexuais, e, por isso devemos lutar por uma diretoria sindical que nos represente em nossas especificidades étnico-raciais e sexuais. Nossa chapa pretende criar estratégias para que todos sejam respeitados em suas diferenças e tenham o direito de falar, opinar, expressar e principalmente participar nos processos decisórios.

Além disso, pretendemos criar mecanismos que protejam e respalde as professoras vítimas de assédio e os professores e professoras que sofrem discriminação no ambiente escolar em função de suas orientações sexuais ou de sua raça. É necessário e urgente que assumamos a diversidade e criemos mecanismos eficazes que combatam as opressões.

Pretendemos também apoiar os professores e professoras que ao tratarem temas que embora sejam considerados como eixos dos PCNs, como culturas afro-brasileiras e indígenas e orientação sexual, são vítimas de retaliação no próprio ambiente de trabalho! NÃO A OPRESSÃO! NÃO A HOMOFOBIA! NÃO AO RACISMO!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mudar para avançar nas conquistas!

Assembléia durante a greve de 2009

Somos professoras (es) e orientadoras (es) educacionais que sempre participam da luta da categoria, defendendo nossos interesses e conquistas, mesmo que para isso tenhamos que denunciar constantemente as manobras da diretoria do Sinpro. Atualmente, quase não temos tido conquistas no terreno financeiro e político. Isso se deve a muitos fatores, dentre eles a falta de organização sindical e de investimento no trabalho de base que forme militantes. O reajuste de 10,04%, que tem sido usado como bandeira de propaganda da atual diretoria do SINPRO é um indicativo dos erros políticos que esse grupo vem cometendo. 10,04% é resultado de um ajuste no plano de carreira no ano de 20017, parcela inclusive que foi para sem os valores retroativos.

Nós ainda temos grandes questões que deveriam nos mobilizar intensivamente: nossos salários ainda são os menores do GDF, não conquistamos a isonomia entre categorias de nível superior, não temos um auxílio saúde, não há respostas para a questão da moradia, não há ganhos jurídicos (pagamento do retroativo dos tickets-alimentação), o valor do ticket não teve qualquer aumento significativo, temos sido pressionados e esmagados "a rolo compressor" pelo governo, pelas portarias e medidas de cunho pedagógico que diminuem a autonomia do professorado desvalorizando o seu trabalho. O cotidiano escolar tem oprimido os professores e aqueles que poderiam ser os representantes de uma luta a favor do professorado, se eximem de suas responsabilidades, passando a se preocupar com questões pessoais e acordos que garantam mandatos políticos.

A responsabilidade de sensibilizar, mobilizar, organizar, fortalecer a categoria, avançar nas conquistas e, sobretudo, lutar para defender todos os direitos dos professores é de todos nós e deve ser representada pelo Sindicato. Infelizmente, a compreensão dos diretores do Sinpro anda na contramão, pois afirmam sempre que a culpa pelas derrotas e pela falta de mobilização, é da categoria.

Jornal da Chapa 3

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